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‘Você quando protege demais, acaba desprotegendo’, diz Débora Mafra sobre mães de agressores de mulheres

“Nossa luta é grande no combate à violência doméstica e familiar e este mês de março é realmente para fazer a nossa sociedade se conscientizar dessa problemática”. Foi com esta afirmação que a titular da Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM), Débora Mafra, iniciou a entrevista concedida ao radialista Valdir Correia, nesta segunda-feira (13).

Dentro da Campanha “Elas têm o Poder”, a delegada abordou a experiência de oito anos à frente da unidade de proteção às mulheres e a trajetória de 21 anos na segurança pública.

Foto: Izabela Rebouças/Rede Difusora de Rádio

Entre as questões citadas, Débora Mafra reforçou o empenho da equipe de atendimento aos casos de violência doméstica. “É um momento de fragilidade muito grande que mexe muito com a mulher (…) Mas as mulheres que conseguem sair do ciclo da violência, elas se tornam mulheres muito mais fortes e conseguem ajudar até outras pessoas”, disse ao reforçar que os casos, independente do grau de agressividade, se tornam combustível para lutar em prol da mulher vítima.

“Deixar aquela mulher em segurança me tranquiliza e, só assim, eu consigo voltar pra casa em paz e viver a minha vida pessoal. E o que a gente pode dar de resposta com segurança é pedir a prisão em flagrante, tirar ela de perto do agressor”, afirma.

Ao ser questionada sobre o comportamento dos agressores, a delegada garante que a postura é totalmente diferente quando eles estão detidos e culpabilizam as vítimas. “Na verdade, o agressor culpa a vítima pelas atitudes dele. Inclusive, nós também aconselhamos muito as mães dos agressores, porque elas também são muito machistas, elas acham que eles estão certos. Como eu falo você quando protege demais acaba desprotegendo. E nós como sociedade devemos estar sempre atentos aos agressores colocando eles atrás das grades”, pontua.

Quanto a outras demandas que envolvem agressão às mulheres fora do ambiente familiar, a Débora Mafra informa que devem ser registradas nas unidades policiais. “Agressões de vizinhos, na rua ou qualquer outro lugar que não seja onde a vítima resida, não é caso para a delegacia da Mulher. Estas ocorrências são feitas na delegacia mais próxima do lugar do fato”, reforçou.

Denúncia

Para prevenir e garantir maior proteção para vítimas de violência doméstica no Amazonas, o aplicativo “Alerta Mulher” funciona como mais um serviço da rede de proteção no enfrentamento à violência.

A entrevista completa você confere no canal da Rádio Difusora 96,9 FM, no YouTube:

ttps://www.youtube.com/live/DSjaIuvle24?feature=share