Siga-nos as redes sociais

Verão com Fumaça: A Nova Realidade do Amazonas e os Impactos na Saúde Pública

O Amazonas, que antes contava com verões chuvosos e verões secos, agora enfrenta uma nova e preocupante realidade: verões com fumaça. Este fenômeno, que já se tornou rotina em Manaus e em diversos municípios do interior do Estado, representa uma séria ameaça à saúde da população. O advogado e jornalista Daniel Anzoategui trouxe nesta terça-feira (03/09) dados preocupantes sobre a qualidade do ar em municípios do Amazonas e que colocaram o Brasil no topo do ranking mundial dos piores lugares para respirar, superando países como Índia, Etiópia, Irã e Congo.

De acordo com a plataforma Word Air Quality, que monitora a qualidade do ar em tempo real em mais de 10 mil estações ao redor do mundo, a situação é crítica.

Lábrea, no Amazonas, atingiu 582 pontos de PM2.5, partículas finas de poluição que são extremamente prejudiciais à saúde. Humaitá, também no sul do Estado, registrou 416 pontos. Ambos os níveis são considerados perigosos, com a poluição em Lábrea atingindo quatro vezes o limite prejudicial para crianças e idosos.

A gravidade do problema é destacada por estudos internacionais. Pesquisadores da Monash University, na Austrália, revelaram que a exposição a essas partículas por poucas horas resultou em mais de um milhão de mortes no mundo. Outro estudo, liderado por Richard Francis, da Stroke Association no Reino Unido, associa a poluição do ar a várias doenças graves, como AVC, asma, diabetes, doenças pulmonares, cardíacas e demência, com riscos ainda maiores para crianças e idosos.

Diante dessa crise, a proteção da população se tornou uma prioridade. Recomenda-se o uso de máscaras de proteção e umidificadores de ar, mas Daniel Anzoategui, advogado e jornalista da Rádio Difusora do Amazonas, alerta para a necessidade de uma ação mais efetiva das autoridades.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na última quinta-feira (29/08) foram registrados 8.708 focos de incêndio, o maior número dos últimos 26 anos. No acumulado do ano, já são 13.615 focos de calor, mais do que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.

Confira mais informações no video a seguir: