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‘Sonho com o dia que não será mais necessário lutar por igualdade’, diz Fernanda Mendonça, procuradora-geral do MPC

Única mulher a comandar o Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) por duas vezes, a procuradora-geral do MPC, Fernanda Cantanhede Veiga Mendonça, em entrevista especial ao Programa Giro de Notícias da Rádio Difusora 96,9 FM, falou sobre os desafios que enfrentou nos seus mais de 20 anos de atuação como procuradora, mulher e mãe.

A entrevista, concedida nesta quarta-feira (21), faz parte da Programação “Elas Têm o Poder” e foi conduzida pelos apresentadores Tereza Pinheiro e Geraldo Campelo.

Fernanda Cantanhede Veiga Mendonça – Foto: Izabela Rebouças/Rede Difusora de Rádio

Ao compartilhar experiências pessoais, a procuradora-geral disse que sonha com o dia em que a mulher não vai mais precisar lutar por igualdade. “Eu sonho com o dia que a gente não precise estar comemorando do Dia Internacional da Mulher porque entendo que vamos chegar num ponto em que realmente não haverá mais necessidade de uma luta por nossa permanência nos cargos, tanto políticos, quanto públicos, quanto nas empresas privadas, numa luta de igualdade que é o que a gente tem envidado hoje”, disse.

Durante a entrevista, a procuradora-geral também compartilhou dados que revelam que as mulheres avançaram na ocupação de cargos de direção, principalmente em cargos concursados, mas ainda estão longe de alcançar a igualdade.

“Hoje no Ministério Público de Contas existem dez procuradores, quatro são mulheres. No Brasil todo são 32 procuradores-gerais de contas, nove são mulheres. Ainda não é um terço, mas estamos avançando”, afirmou. Ela também comemorou o fato do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) ter 59% dos cargos de direção ocupados por mulheres.

Fernanda Mendonça revelou que desde criança foi incentivada a ser independente e avalia que é extremamente importante a família incentivar a menina desde a infância a estudar e buscar sua independência. “Eu cresci dessa forma. Nunca me vi, na faculdade, em uma situação de desigualdade. Estudei, passei e não existe cota para a mulher nas universidades”, disse.

Ela explicou que vivenciou experiências de desigualdade já adulta e que passou por situações de machismo já na área jurídica, apesar de ser respeitada pela maioria dos colegas de profissão. Ela revelou, ainda, que quando foi procuradora-geral a primeira vez, no biênio 2006/2008, enfrentou dificuldades para conciliar as obrigações profissionais com a maternidade e decidiu não tentar a recondução ao cargo (uma espécie de reeleição) para se dedicar aos filhos que ainda eram pequenos.

A entrevista completa você confere no canal da Rádio Difusora 96,9 FM, no YouTube:

Elas Têm o Poder

A Campanha “Elas Têm o Poder” é uma programação especial da Rede de Rádios Difusora voltada para as mulheres. Durante todo o mês de março serão realizadas mais de 60 entrevistas, homenagens, debates, reportagens e podcasts sobre o poder que a mulher tem para mudar os locais em que estão inseridas e os desafios que ELAS ainda enfrentam na atualidade.

PARCEIROS

A Campanha “Elas Têm o Poder” é realizada com muita honra pela Rede Difusora do Amazonas e tem o apoio do Grupo ATEM, Empresa Tectoy, Irmãos Lima Atacadista, Governo do Amazonas e Apa Móveis.