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Quase 30% das alunas da rede pública de Manaus, de 13 a 15 anos, afirmam que já fizeram sexo sem proteção, revela IBGE

Quase 30% das alunas da rede pública de Manaus, de 13 a 15 anos, afirmam que já fizeram sexo sem proteção, revela IBGE
Reportagem: Tawanne Costa

Quase metade dos alunos (48,5%) inseridos na rede pública de ensino de Manaus afirma ter mantido relação sexual ao menos uma vez. Na iniciativa privada, o número chega a 18,3%.

Entre as alunas das instituições públicas, 28% das adolescentes afirmaram ainda que usaram pílula do dia seguinte, método contraceptivo de emergência.

Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

O levantamento foi feito com estudantes do 9º ano do ensino fundamental de Manaus, com idades entre 13 a 15 anos.

Na avaliação do gerente da pesquisa, Marco Andreazzi, a exposição sexual sem prevenção gera um grave problema a saúde pública, como a gravidez indesejada. 

Para o educador Alvaro Sanches, a escola e o pais precisam se manter interligados na hora da orientação dos adolescentes. 

Entre os menores que experimentaram bebida alcoólica alguma vez a soma é de 66%. Entre os alunos das escolas particulares o número é 47,3%.

Os temas são sensíveis e geram preocupação dos pais. O gerente de projetos, Sandro Augusto, que tem duas filhas adolescentes em escola pública, afirma que costuma abordar temas da internet nas conversas com as meninas.

A pesquisa revela ainda outros dados preocupantes ligados ao consumo de cigarro. Pelo menos 23,5% dos alunos das escolas públicas já fumaram. Na rede privada o número é menor e chega a 10,8%.

Questionada sobre o papel da escola na abordagem desses temas, a Secretaria Municipal de Educação de Manaus diz que desenvolve ações de prevenção e combate às drogas.

A secretaria afirma que as crianças e adolescentes participam de palestras, de acordo com a faixa etária, e estão inseridos no Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd).

O Sindicato que representa as instituições de ensino particular também foi procurado, mas até o fechamento dessa reportagem não se pronunciou.

Em nota, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas (Sinepe-AM) afirma que tem realizado um trabalho de orientação junto às escolas associadas seguindo as determinações estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e demais legislações relacionadas ao assunto.

Além disso, o Sinepe também lembra que os livros didáticos já abordam temas que fazem parte de saúde pública, como malefícios do uso de bebidas alcoólicas, drogas ilícitas, transformações na adolescência, prevenção à gravidez na adolescência, Doenças Sexualmente Transmissíveis e as sexualidades humanas.