Povos indígenas do AM não querem tutela, querem desenvolvimento e oportunidades, diz Plínio

Parlamentar amazonense destaca a importância de políticas públicas voltadas para a autonomia e progresso das comunidades indígenas. Seu mandato já garantiu recursos da ordem de R$ 18,2 milhões para os povos indígenas do estado

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) reafirmou seu compromisso com os povos indígenas do Amazonas, defendendo a necessidade de promover o desenvolvimento e oferecer oportunidades reais para essas comunidades. “Os povos indígenas do Amazonas não querem tutela, querem desenvolvimento e oportunidades. Eles desejam ser protagonistas de suas próprias histórias, com autonomia e dignidade”, afirmou o senador. Por meio de seu mandato, R$ 18,2 milhões de emendas parlamentares já foram destinados às comunidades indígenas do estado, garantindo infraestrutura, saúde, geração de renda e emprego. Comunidades que até então nunca haviam recebido recursos do governo ou de parlamentares, tem ganhado atenção no mandato do senador amazonense.

Entre os recursos destinados, destacam-se diversos projetos que estão mudando a realidade nas comunidades indígenas do Amazonas. O município de Atalaia do Norte recebeu uma UBS Fluvial no valor de R$ 2 milhões. A embarcação conta com equipes de Saúde da Família Fluvial para atender à população ribeirinha da região banhada pelos rios Javary e os afluentes Quixito, Itui, Itaquai, Rio Branco, Jaquirana e Curuça. O barco é equipado com consultório médico, consultório de enfermagem, assistência farmacêutica, laboratório e sala de vacina e outras salas para o funcionamento da unidade. A Unidade de Saúde Fluvial atende comunidades indígenas, como as etnias matis, mairuna, marubo, canamari, colina e curubo e 19 comunidades ribeirinhas. O município tem 23 mil habitantes e 40% da população vive em áreas ribeirinhas.

Em Humaitá, a Aldeia Marmelo, da Etnia Tenharim, recebeu duas pick-ups (R$ 250 mil) e 19 barcos e duas lanchas (R$ 475 mil). “A etnia tenharim, em Humaitá, foi beneficiada, com a emenda que a gente fez, com 19 barcos de alumínio com aquele motor que a gente chama de rabeta para colher castanha, melancia. Antes eles faziam em canoas de madeira e no remo. Imaginem só: 12 horas para chegar do roçado. Agora, estão levando duas, três horas. São esses índios que precisam de ajuda”, destacou o senador em um discurso na tribuna do Senado. Além disso, o Memorial Indígena Tenharin na Aldeia Marmelo está aguardando aprovação do projeto de engenharia (R$ 300 mil), e foram construídos quatro pontos de apoio para equipes de saúde indígena nas aldeias Juí, Vila Nova, Marmelo e Bela Vista (R$ 500 mil).

Uma embarcação foi adquirida em Nhamundá para o transporte de castanha em comunidades indígenas, com um investimento de R$ 280 mil. Essa embarcação coletiva não só facilitará o transporte de aposentados e moradores da comunidade, mas também impulsionará a geração de emprego e renda através do escoamento da produção local de castanha, banana e farinha.

Autazes foi contemplada com equipamentos para casa de farinha e um poço artesiano para o Conselho Indigenista Mura, no valor de R$ 500 mil, que aguarda pagamento. Outros projetos incluem a construção de uma UBS na Aldeia Simão em Barreirinha (R$ 1 milhão), a construção de uma escola na Comunidade Indígena de Jutaí, Etnia Mura, em Borba (R$ 300 mil), e a instalação de uma caixa d’água na Aldeia Bom Jesus do Igapó Grande, Etnia Tikuna, em Coari (R$ 100 mil). Em Fonte Boa, foram adquiridos geradores para comunidades indígenas ribeirinhas (R$ 300 mil);

Em Manaquiri, foram instalados um poço artesiano e uma antena Starlink para a Aldeia Barrigudo, habitada pelos povos Apurinã, localizada às margens do rio Tupana. O senador Plínio Valério se orgulha de ter colaborado para a integração de comunidades indígenas localizadas em regiões remotas do Amazonas, com a instalação de antenas de internet. Graças à chegada da internet nas aldeias, os indígenas podem se comunicar com parentes em outras comunidades, resolver problemas de saúde e aprimorar as atividades escolares. Além de Manaquiri, o senador garantiu conectividade para a comunidade Igarapé Açu, habitada pelos índios Mura, em Autazes; para a comunidade Baniwa Castelo Branco, em São Gabriel da Cachoeira e outra antena na Associação Indígena Xoromawe, em Barcelos, e atenderá as etnias Ianomâmi, Pataxó, Baré, Baniwa, Tukano, Munduruku, entre outras.

Na capital, em Manaus, foram alocados recursos para infraestrutura turística indígena, incluindo terminais fluviais para as comunidades Cipiá, Tatuyo, Tuyuka e Diakuru (R$ 350 mil). Essa iniciativa visa atender comunidades indígenas envolvidas no turismo, localizadas em reservas de desenvolvimento sustentável. Também na capital, o senador garantiu recursos para o 1º Festival Folclórico da Comunidade Indígena Nova Esperança, Etnia Baré (R$ 6 mil). O Conselho Comunitário do Bairro Zumbi dos Palmares também recebeu R$ 199 mil para a entrega de cestas básicas para indígenas.

Maraã foi beneficiada com a aquisição de um flutuante para a Associação Indígena das Etnias Kanamary Miranha e Macu Macu Nadebe (R$ 300 mil). Parintins recebeu um trator agrícola e implementos para a Associação Indígena Cabocla Filhos da Floresta (R$ 334.250,00).

Em Santa Isabel do Rio Negro, foram investidos R$ 1.917.009,19 na construção de uma escola de quatro salas com quadra na Escola Municipal Indígena São Tomé, na Comunidade do Cartucho. Além disso, dois centros comunitários indígenas foram construídos nas comunidades Acariquara e Roçado (R$ 300 mil cada), e uma casa de apoio foi construída para a Etnia Yanomami (R$ 300 mil).

Em São Gabriel da Cachoeira, seis geradores foram adquiridos para comunidades indígenas (R$ 300 mil), e um centro de acolhimento está sendo construído (R$ 800 mil). Além disso, foram adquiridas voadeiras de 7 metros para a Associação Indígena da Etnia Tuyuka (R$ 350 mil), um caminhão para a Comunidade Pari Cachoeira (R$ 450 mil), outro para o Distrito de Iauaretê (R$ 400 mil), e uma embarcação para a Comunidade Baniwa Castelo Branco (R$ 350 mil). Sete canoas de alumínio de 8 metros com motor de popa Yamaha 40 HP foram distribuídas entre as comunidades Bela Vista, Pari Cachoeira, Ucuqui Cachoeira, Cucuí, Ceware, Boa Vista e Wainabi (R$ 400 mil). A Aldeia Cucuí, da Etnia Baré, será contemplada com uma canoa de alumínio com motor 40HP (R$ 100 mil), o recurso aguarda pagamento.

Em São Paulo de Olivença, foi construída uma escola de seis salas de aula com quadra na Escola Municipal Indígena Kokama Onésimo dos Santos Gomes (R$ 2.276.213,12), e cinco embarcações foram adquiridas para comunidades indígenas (R$ 200 mil).

Valério destacou que a tutela, historicamente imposta aos indígenas, principalmente por ONGs, tem sido uma barreira para o verdadeiro progresso dessas populações. Ele enfatizou a importância de políticas públicas que respeitem a autonomia dos povos indígenas, mas que também ofereçam as ferramentas necessárias para que possam prosperar. “Educação, saúde, geração de emprego e infraestrutura são essenciais para a construção de um futuro melhor para todos. Acima de tudo, é fundamental garantir liberdade e condições para que todos possam ser donos do seu próprio destino”, disse o senador.

Da Assessoria