Parlamentar denuncia interferência de ONGs e potências estrangeiras no Amazonas para barrar iniciativas estratégicas, como em Silves (AM), que poderia gerar R$ 6 bilhões
Em pronunciamento no Senado, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) fez duras críticas à atuação de ONGs, ao Ministério Público Federal (MPF) e à interferência de grandes potências no Amazonas. Segundo o parlamentar, articulações entre ONGs, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o MPF estão impedindo projetos vitais para a região, como a exploração de gás em Silves (AM), que geraria um investimento de R$ 6 bilhões.
Plínio alertou que a manipulação promovida por ONGs, financiadas por governos e grandes fundos estrangeiros, condena a população amazônica à pobreza, mesmo em um estado com imenso potencial de riqueza. “Estão na lista a BR-319, o Potássio de Autazes e, agora, a exploração de gás em Silves. Essa situação reflete a hipocrisia de países como o Canadá e a França, que exploram suas próprias reservas, enquanto impedem que façamos o mesmo no Brasil”, afirmou o senador.
O parlamentar destacou que o Canadá sustenta seu sistema de saúde com a exploração de apenas 1,5% de suas reservas de potássio, inclusive em terras indígenas, enquanto o Brasil importa 80% do potássio usado no agronegócio, boa parte proveniente do país norte-americano. “Emanuel Macron, presidente da França, prega lições ao Brasil enquanto protege os interesses de seus produtores agrícolas e boicota o acordo Mercosul-União Europeia. É hipocrisia pura”, desabafou.
Plínio também denunciou o risco de cidades como Silves e Itapiranga se tornarem “cidades-fantasmas” e alertou para possíveis apagões em Roraima, caso o fornecimento de gás seja paralisado. Ele citou ainda que, na COP29, realizada no Azerbaijão, o Brasil segue acumulando deveres, sem recursos para explorar suas riquezas de forma sustentável.
O senador reiterou a necessidade de o Brasil denunciar essa manipulação e defendeu a soberania nacional na gestão da Amazônia. “É nosso dever gritar, denunciar e lutar contra essa interferência. A Amazônia é nossa, e cabe a nós ditar as normas para seu desenvolvimento”, concluiu.