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Operação Greenwashing investiga venda irregular de créditos de carbono e falsificação de títulos de propriedade

A Polícia Federal deflagra Operação Greenwashing para investigar venda irregular de créditos de carbono de áreas da União invadidas ilegalmente em um esquema de falsificação de títulos de propriedade.

Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e 76 mandados de busca e apreensão nos estados de Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Paraná, Ceará e São Paulo.

Policiais federais cumprem ainda 108 medidas cautelares, oito suspensões do exercício da função pública, quatro suspensões de registro profissional no CREA e o sequestro de R$ 1,6 bilhão.

Conforme a PF, o esquema que foi iniciado em Lábrea com duplicação e falsificação de títulos de terras e durou mais de uma década.

Entre 2016 e 2018, a organização criminosa expandiu suas atividades ilícitas, reutilizando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a colaboração de servidores públicos.

Nos últimos três anos, uma nova expansão das atividades ilícitas do grupo ocorreu na região de Apuí–AM e Nova Aripuanã–AM. As irregularidades identificadas incluem a emissão de certidões ideologicamente falsas por servidor da Secretaria de Terras do Estado do Amazonas (SECT/AM).

Entre as atividades ilegais identificadas estão a exploração florestal e a pecuária em áreas protegidas, incluindo a criação de gado “fantasma” para atender áreas com restrições ambientais, a venda de créditos virtuais de madeira e a obtenção de licenças ambientais fraudulentas.

De acordo com as investigações, foram explorados ilegalmente mais de um milhão de metros cúbicos de madeira em tora, gerando um dano ambiental estimado em R$ 606 milhões. A operação também revelou que a organização obteve cerca de R$ 820 milhões em terras griladas.

Da redação.