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NX Zero mostra que a geração emo de Manaus ainda está viva em show repleto de hits

O Nx Zero retornou com força total em uma turnê muito badalada que vem reunindo públicos massivos no Brasil inteiro. Foi o caso de Manaus, na última sexta feira (18), em um reencontro com a grande quantidade de fãs da capital amazonense, reunindo 10.000 pessoas que cantaram a plenos pulmões os sucessos de uma das bandas mais célebres dos anos 2000.

Desde a abertura, com a excelente “Só Rezo”, ficou claro que o pavilhão do Studio 5 lotado não estava de brincadeira naquela noite. Fãs de todas as idades apareceram em peso para celebrar a carreira da banda.

Esse reencontro se dá depois de um hiato de seis anos, período em que os integrantes da banda perseguiram suas próprias carreiras fora do Nx Zero. Toda a emoção do público é quase um espelho da explosão da cena emo no Brasil no início dos anos 2000, impulsionada pelo sucesso de bandas gringas de pop punk, como Blink 182 e Sum 41, várias bandas surgiram e sumiram em um espaço de menos de 10 anos.

Tendo um espaço modesto dentro do protagonismo musical da época, as bandas emo conseguiram gerar histerias coletivas comparáveis as de grandes boybands dos anos 90. As maiores bandas desse movimento eram, sem dúvida alguma, Fresno e NX Zero. Talvez pelo vácuo deixado pela música emo na década passada, a animação de fãs novos e antigos podia ser sentida antes mesmo dos 5 integrantes da banda subirem ao palco.

Com muita desenvoltura, o grupo liderado por Di Ferrero bombardeou o públicou com hits de toda sua carreira. “Daqui pra frente”, “Pela última vez”, passando por inéditas e pela música que dá nome à turnê “Cedo ou Tarde”, houveram vários clássicos que não poderiam faltar e até mesmo algumas surpresas, como “Silêncio”, interpretada em um lindo momento acústico por Di Ferrero e Gee Rocha.

Teve espaço até para brincadeiras, com a banda arriscando alguns regionalismos da fala amazonense, como “Chibata” e “Pegar o beco”, e no meio disso tudo ainda houve uma homenagem ao eterno Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr., falecido em 2013.

Mostrando que o hiato só serviu para que a banda ficasse ainda mais afiada e os músicos mais talentosos, o Nx Zero voltou para um já aguardado biz com três músicas, a ótima “A melhor parte de mim” serviu como um “esquenta” para o que estava por vir. “Além de mim” talvez tenha sido a música que mais elevou a energia do Studio 5 naquela noite, trazendo todas as influências de hardcore californiano presentes no background dos músicos paulistas.

Por fim, um coro de 10.000 vozes fechou o show junto com a banda, cantando “Razões e emoções, a canção que botou o Nx Zero no mapa. A banda entregou o espetáculo que a noite merecia, se equiparando ao show dos Titãs, realizado em maio, como os melhores shows de rock que aconteceram em Manaus esse ano, contando bandas gringas e tudo mais.

A plateia agiu como um sexto integrante da banda, demonstrando que o calor de Manaus vai além da temperatura, e que para todos os fãs que cresceram com as músicas da banda desde os anos 2000, não foi apenas uma fase!