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Mulher é resgatada em Manaus após viver 34 anos em situação análoga à escravidão

Mulher é resgatada em Manaus após viver 34 anos em situação análoga à escravidão

Uma trabalhadora doméstica é resgatada após 34 anos vivendo em condições análogas à escravidão em uma casa de bairro de classe média em Manaus.

A mulher, hoje com 51 anos, foi trazida de Teresina, no Piauí, aos 17 anos de idade, para trabalhar na casa de uma família na capital.

A piauiense foi mantida em situação de emprego informal, sem garantia de salário-mínimo, sem receber 13º salário, sem limitação de horário de trabalho, sem folga semanal, sem férias anuais remuneradas, sem recolhimento ao INSS, sem depósito de FGTS e todos os demais benefícios legais do vínculo de emprego.

Segundo as investigações, a mulher morava e trabalhava na casa em troca de comida, moradia, roupas, e salário, que não se comprovou superar o mínimo nacional.

Além dos afazeres diurnos, a empregada dormia em sofá-cama no mesmo quarto da empregadora, para cuidados necessários a qualquer hora da noite.

A trabalhadora sequer completou o ensino fundamental, mas constava como sócia de uma escola de propriedade do filho da empregadora, sem que, de fato, exercesse a administração do negócio.

Ela foi resgatada em abril deste ano durante uma operação realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT-AM/RR), Ministério Público Federal (MPF/AM), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

As informações foram divulgadas nessa quinta-feira (29).

A família empregadora se comprometeu a pagar o valor de cinco mil reais para necessidades imediatas da empregada doméstica até o pagamento dos demais haveres trabalhistas.

A título de indenização por dano moral individual, deve transferir a titularidade de um imóvel para a mulher e disponibilizar valor de passagens aéreas de ida e volta para a trabalhadora visitar a mãe no Piauí.

A mulher foi levada a um abrigo para vítimas de violência.

Da redação.