Os assassinatos de Bruno e Dom completam um ano nesta segunda-feira (5) e o clima de insegurança permanece no Vale do Javari, no Amazonas.
A informação é do presidente da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bushe Matis. Ele explica que apesar das operações realizadas na região, atualmente os indígenas continuam sob ameaça de invasores que atuam na pesca ilegal.
Para ele, as mortes de Bruno e Dom é resultado da ausência do Estado na região e após os assassinatos os nativos acreditaram que a situação ia mudar, o que não aconteceu:
O indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram assassinados, em 5 de junho, durante uma viagem a trabalho na região, a segunda maior terra indígena do Brasil, ainda hoje vitimada pela violência.
Os envolvidos nos assassinatos estão presos preventivamente em presídios federais, enquanto tramita o processo que eles respondem na Vara Federal de Tabatinga.
No último dia 16 de maio, o Tribunal Regional Federal da primeira Região (TRF1) decidiu anular parte do processo após os advogados dos réus alegarem que as testemunhas de defesa foram ignoradas pelo juiz original do caso, Fabiano Verli.
O juiz vetou cerca de treze testemunhas, entre elas o presidente Jair Bolsonaro, por entender que não tinha ligação com o processo ou não haviam testemunhado fatos relevantes em relação aos assassinatos.
As testemunhas de defesa e os réus serão ouvidos em três novas audiências em datas ainda não definidas.
Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima estão em presídios federais no Paraná e no Mato Grosso do Sul.
Da redação