Um estudo do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambiental da Universidade Autônoma de Barcelona (ICTA-UAB) revela que 50% das comunidades ribeirinhas no Amazonas estão mais propensas ao isolamento durante secas severas.
A pesquisa conclui que metade das localidades não indígenas e 54% dos povos indígenas na parte brasileira da bacia amazônica estão mais vulneráveis ao período de estiagem. Nestes locais, os residentes dependem dos rios e zonas úmidas para se deslocarem pela área através de barcos e navios, o meio de transporte mais importante para a maioria das comunidades.
As graves secas de 2005, 2010 e 2015-2016 não só reduziram drasticamente os níveis de água numa parte substancial do maior sistema fluvial do mundo, como também resultaram em períodos mais longos de baixos níveis de água, superiores a 100 dias, um mês mais do que o esperado.
O estudo descreve detalhadamente uma cascata de impactos nas comunidades amazônicas causados pelos efeitos das secas na navegabilidade dos rios. As comunidades rurais remotas dependem fortemente do transporte fluvial para chegar aos centros urbanos e sustentar os meios de subsistência, as secas severas condenam-nas a longos períodos de escassez de bens, isolamento, acesso restrito à saúde e à educação, acesso limitado à pesca e à caça. Locais e outros impactos significativos.
Da redação.