Nesta sexta-feira (11), encerram as inscrições para o Prêmio Sesc de Literatura edição 2022. A premiação recebe romances e contos inéditos e seleciona vencedores que terão suas obras publicadas e distribuídas pela Editora Record, com tiragem inicial de 2.500 exemplares.
Com quase duas décadas de atuação no mercado literário, o Prêmio Sesc é um dos mais importantes do país na distinção de novos escritores brasileiros e já revelou nomes que se consolidaram no cenário nacional, entre eles Juliana Leite, Rafael Gallo, Luisa Geisler, André de Leones, Franklin Carvalho, Sheyla Smanioto, Tobias Carvalho e Lucia Bettencourt.
“Chegamos à 19ª edição com o propósito de revelar novos escritores, que é nossa maior meta. A premiação foi criada em 2003 e se consolidou como a principal do país para autores iniciantes. No ano passado, tivemos a inscrição de 1.688 livros, sendo 850 em Romance e 838 em Conto, explica o analista de Literatura do Departamento Nacional do Sesc, Henrique Rodrigues.
O processo de curadoria e seleção das obras é criterioso e democrático. Os livros são inscritos pela internet, gratuitamente, de forma anônima. Isso impede que os avaliadores reconheçam os reais autores, garantindo a imparcialidade no processo de avaliação. Os romances e contos são avaliados por escritores profissionais renomados, que selecionam as obras pelo critério da qualidade literária.
Inscrições Gratuitas
Podem concorrer autores não publicados nas categorias Romance e Conto. O Prêmio avalia trabalhos com qualidade literária para edição e circulação nacional. Os interessados têm até o dia 11 de fevereiro para concluir o processo de inscrição, que é gratuito e online. O regulamento completo pode ser acessado em www.sesc.com.br/premiosesc. O anúncio dos vencedores será divulgado no mês de maio.
Vencedores 2021
A relevância do Prêmio Sesc de Literatura também pode ser medida por meio do sucesso dos seus vencedores, que vêm sendo convidados para outros importantes eventos internacionais, como a Primavera Literária Brasileira, realizada em Paris, o Festival Literário Internacional de Óbidos, em Portugal, e a Feira do Livro de Guadalajara, no México.
Na edição de 2021, foram vencedores o paraense Fábio Horácio-Castro, com o romance O réptil melancólico, e o pernambucano Diogo Monteiro, com a coletânea de contos O que a casa criou receberam o Prêmio Sesc de Literatura. A origem dos autores reafirma o estímulo da premiação à diversidade e a capacidade de projetar escritores das mais distintas regiões do país.
Fábio Horácio-Castro, jornalista de formação, tem 52 anos, e é professor universitário. “É a minha primeira participação no Prêmio Sesc e não esperava vencer na categoria. Escrevo mais sobre pesquisas relacionadas à Amazônia. Como eu tinha um projeto deste livro, aproveitei o isolamento da pandemia, finalizei a obra e me inscrevi. Fiquei muito contente com o retorno”, contou. Diogo Monteiro, de 43 anos, também é jornalista e atua com pesquisa de opinião e estratégia. “Sempre escrevi e participava de algumas coletâneas, mas nunca tinha pensado no Prêmio Sesc. Em 2021, tive um livro infantojuvenil publicado. Depois veio o prêmio, sendo a segunda vez em que coloco uma obra para o público, agora na categoria conto”, destaca.
Sesc no AM
Em nível nacional, o Sesc é administrado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), hoje, gerida pelo amazonense José Roberto Tadros. No Amazonas, o Serviço Social do Comércio iniciou suas atividades em 1948, na cidade de Manaus e ao longo dos anos vem ampliando sua atuação também para o interior do estado.