Um estudo feito em Manaus aponta sequelas persistentes da Covid-19 em idosos. A pesquisa foi realizada com 70 idosos, divididos em dois grupos com 55 pacientes que tiveram Covid-19 e, 15 que não foram infectados. A média de idade foi de 67 anos, sendo a maioria com quadro de obesidade, hipertensão e diabetes.
Após uma escala de autoavaliação de sequelas da doença pelos pacientes, o estudo identificou que mesmo após dois anos da infecção os idosos ainda relataram sequelas recorrentes.
Os dados apontam que mais de 50% das pessoas analisadas informaram que a saúde havia piorado, com aumento da fadiga e sintomas persistentes como tosse, falta de ar, dores de cabeça, distúrbios gastrointestinais e sentiram impacto em fatores cognitivos e psicológicos.
Mais de 60% dos entrevistados também revelaram diminuição da memória e alterações no humor, como sentimento de tristeza e ansiedade.
O estudo detectou que os idosos que não foram infectados pelo vírus apresentaram níveis menores de colesterol total, colesterol LDL, glicose e inflamação nas citocinas. Já pacientes que tiveram a doença apresentaram maiores níveis.
A pesquisa foi desenvolvida no Centro de Pesquisa, Ensino e Desenvolvimento Tecnológico Gerontec, da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUNATI), em Manaus, em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Da redação