Os Generais do Exército, Augusto Heleno e Estevam Theophilo Gaspar, ex-comandantes do Comando Militar da Amazônia, são alvos da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, nesta quinta-feira, 08. Os generais atuaram em núcleos de milícias digitais e emprego de tropa policial para executar golpe de Estado. É o que apontam investigações da PF.
Decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que autoriza a operação da PF, cita que o ex-comandante do Comando Militar do Amazonas e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, atuou na coleta de dados e informações que pudessem auxiliar na tomada de decisões do então Presidente da República Jair Bolsonaro na consumação do Golpe de Estado.
A investigação aponta ainda que Augusto Heleno conversou com o Diretor-Adjunto da ABIN para infiltrar agentes nas campanhas eleitorais, mas admitiu o risco de identificarem os agentes infiltrados.
O ex-comandante está impedido de sair do país e de manter contato com os demais investigados, inclusive através dos advogados.
Ainda na decisão judicial, o ministro Alexandre de Moraes afirma que as investigações apontam que o General Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, atual comandante do Comando de Operações Terrestres (COTER) do Exército Brasileiro e responsável pelo emprego do Comando de Operações Especiais (COpESP), utilizou do cargo público que exercia para atuar em ações relacionadas a tentativa de execução do Golpe de Estado e também para eximir possível responsabilidade criminal pelos atos até então já realizados.
De acordo com o documento, além de ser o responsável operacional pelo emprego da tropa, caso a medida de intervenção se concretizasse, evidências já reunidas apontam que caberiam às Forças Especiais do Exército, a missão de efetuar a prisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, assim que o decreto presidencial fosse assinado.
A decisão determina que Theophilo tenha o exercício de função pública suspenso.
Da redação.