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Futuro da tecnologia está na interação entre seres humanos e robôs no trabalho

Para Paulo Drews Jr., membro do IEEE robôs colaborativos ganharão especial atenção em 2023. Isso porque, segundo ele, os ganhos em produtividade com a interação entre pessoas e máquinas podem chegar a 85%. E mais: a projeção é que haja um rápido avanço da tecnologia robótica no metaverso, com robôs mediando a interação entre o mundo virtual e o real

Quando o processo de automação industrial começou a se intensificar, alguns anos atrás, houve um temor de que muitas pessoas perderiam seus empregos. Muitos chegaram a protestar contra a utilização de robôs em processos produtivos. Essa dicotomia, porém, não existe para Paulo Drews Jr., membro sênior do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), maior organização profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade. Também professor de Ciências da Computação na Universidade Federal do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, ele aponta que o futuro da tecnologia está justamente na interação entre seres humanos e máquinas, por meio dos robôs colaborativos, que terão grande destaque em 2023.

Os robôs industriais são utilizados em fábricas desde a década de 1970. Dimensionados para cargas muito grandes e com programações mais complexas, esses robôs devem ficar segregados por motivos de segurança, sendo impossível que humanos trabalhem próximos ao equipamento. Já no caso dos robôs colaborativos, é possível trabalhar perto ou até mesmo em conjunto com eles, quando funcionam como uma extensão do operador para a realização de uma tarefa. “Os robôs colaborativos são capazes de exercer as mesmas funções que os modelos anteriores, porém com capacidade para calcular exatamente a força que deve usar para cada atividade, sempre com controle e segurança. A utilização de sensores e inteligência artificial faz com que seja possível detectar a presença de pessoas, permitindo que os robôs colaborativos diminuam seu ritmo de trabalho ou até mesmo interrompam sua atuação, caso seja necessário”, afirma Drews.

Os robôs colaborativos surgiram há pouco mais de uma década. Sua utilização vem crescendo continuamente. Na indústria automotiva, que foi pioneira na adoção de robôs industriais e vem incorporando robôs colaborativos em ritmo acelerado, os ganhos em produtividade com a interação entre pessoas e máquinas podem chegar a 85%. “O futuro da tecnologia está na integração entre humanos e robôs no trabalho. Novas soluções, como inteligência artificial, computação quântica e machine learning, vão aprimorar ainda mais esse processo”, analisa Drews.

Enquanto a utilização de robôs colaborativos vai revolucionando os processos de produção industrial, Drews projeta avanços da robótica em outros campos. “Deveremos ver um rápido avanço da tecnologia robótica no metaverso, com robôs mediando a interação entre o mundo virtual e o real”, diz o engenheiro.

Da Assessoria