Um novo estudo do Seviço Geológico do Brasil (SGB) alerta para a possibilidade de novos desastres na Vila do Arumã, em Beruri, no interior do Amazonas.
Um relatório da Avaliação Técnica que sugere ações para prevenção e resposta a desastres na região foi encaminhado nesta semana à Câmara Municipal.
A comunidade é a mesma atingida no dia 30 de setembro pelo fenômeno de “Terras Caídas”, que causou a morte de duas pessoas e deixou três desaparecidas. Na ocasião, 50 edificações foram engolidas pela terra.
Segundo o estudo, o acidente causou a exposição de um espesso pacote de solo que naturalmente ficará vulnerável a fenômenos erosivos e deslizamentos, os quais se acentuam especialmente durante as temporadas chuvosas.
Diante do cenário, são recomendadas medidas como avaliar a possibilidade de remoção e reassentamento dos moradores que vivem em casas inseridas em áreas de risco muito alto, principalmente em período de variação extrema do nível do rio – secas e cheias.
Além disso, o SGB (Seviço Geológico do Brasil) recomenda que sejam fiscalizadas a construção de novas moradias e proibidas casas em encostas, margens e no interior dos cursos d’água.
O relatório aponta que o processo de “Terras Caídas” ocorre pela combinação de diferentes elementos naturais, como a vazão dos rios, a velocidade do fluxo do rio, turbulência, a pressão da água subterrânea no solo nos períodos de seca, além de outros fatores relacionados ao tipo de solo e ao histórico geológico da área.
As ações humanas como desmatamento, lançamento de águas servidas na margem e o uso de água subterrânea também podem contribuir para o processo erosivo.