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Crianças: uso das telas e efeitos no desenvolvimento precisam de atenção, apontam especialistas

Produção de Cindy Lopes e narração de Álex Ferreira

O número de crianças e adolescentes no ambiente virtual vem crescendo exponencialmente nos últimos anos.

Em 2021, 78% dos usuários de Internet na faixa etária de 9 a 17 anos acessaram alguma rede social, um aumento de 10% em relação a 2019. Jogar online conectado com outras pessoas subiu de 57% para 66%. Já fazer compras no ambiente digital, de 9 ponto porcentuais para 19%.

Os dados fazem parte da edição mais recente da pesquisa TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil.

Esse aumento preocupa especialistas que alertam para os impactos negativos do uso excessivo do aparelho.

A neuropediatra Tatiana Perez fala que há diversos efeitos prejudiciais no desenvolvimento da criança.

Em 2019, a Agência de Esportes do Japão publicou uma pesquisa mostrando que os smartphones são responsáveis pela queda significante da força física e a capacidade atlética das crianças.

Os meninos são os mais prejudicados porque eles trocaram as atividades físicas pelos celulares, televisores e computadores.

A psicóloga Adriana Andrea comenta que as crianças de hoje lidam muito bem com a tecnologia, mas algumas apresentam dificuldades para realizar atividades simples.

A consultora de vendas, Cleonice Tribuzzy, tem um neto de 12 anos, o Pedro, e ele passa boa parte do dia com ela. Na medida do possível – o tempo navegando na Internet e os jogos online – são monitorados pela avó. E o garoto Pedro entende bem isso.

A pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil mostrou ainda que a proporção de usuários de internet de 9 a 17 anos que têm perfil no Instagram avançou de 45% em 2018 para 62% em 2021. E, pela primeira vez, o perfil no Tik Tok apareceu na pesquisa: 58% do público pesquisado declarou ter um perfil na rede de compartilhamento de vídeos, ficando à frente do Facebook, com 51%.