Cresce 20% número de jovens e idosos aptos a votar; candidatos buscam estratégias

O número de eleitores com mais de 70 anos, que possuem opção facultativa ao voto, passou de 12 milhões para 14 milhões de pessoas em 2022. Os números apurados, que são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se referem a uma comparação de 2018 com este ano e representa um aumento de 24% só considerando os idosos.

Essa evolução também aconteceu com os eleitores entre 16 e 17 anos que, no mesmo período, foram de 1,4 milhão para mais de 2 milhões, representando uma crescente de mais de 51%.

De acordo com o calendário oficial das eleições 2022, as campanhas eleitorais têm início no dia 16 de agosto. Com isso, os pré-candidatos para deputado estadual e federal, senador, governador e presidente da república, já preparam suas estratégias para conquistar o eleitorado de maneira efetiva.

Digital e tradicional caminham lado a lado

Paulo Loiola, estrategista político da Baselab, aceleradora de campanhas políticas progressistas, explica que, ao contrário do que se pensa, estratégias na internet não impactam apenas os jovens. “Investir em plataformas digitais é sempre complementar ao trabalho de rua porque usamos essa proximidade física do candidato com as pessoas, que nunca vamos conseguir substituir. Depois temos esse provável eleitor engajado nas redes sociais”, destaca.

“Todo mundo está em alguma plataforma, seja o WhatsApp, Facebook, Instagram, TikTok ou Telegram. O candidato tem que entender que, por mais que sejam todas plataformas digitais, todas elas têm uma linguagem diferente e conversam com públicos diferentes, então o material que se coloca em uma numa plataforma, não é o mesmo conteúdo que eu vou colocar na outra”, reflete Loiola.

O estrategista político ainda analisa que é importante investir em estratégia, principalmente, para os candidatos terem um gasto efetivo e garantirem que cada investimento seja feito com propósito certo. “Quem começou a pensar antes, de certa forma, já está na frente dos outros candidatos, mas também não acredito que podemos dizer que já está muito tarde ou que já passou o tempo, não é isso. Está na frente quem planeja mais e pensa mais na estrutura da sua estratégia”, enfatiza.

“Eu acredito que o diferencial que os candidatos têm que ter para se destacarem nas campanhas de 2022 vai além do uso das tecnologias, é necessário formular uma boa estratégia. Não é apenas usar as redes sociais, mas sim preciso saber como usar”, finaliza.

Da Assessoria