Especialistas avaliam que as autoridades de saúde do Amazonas já deveriam ter adotado o uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados.
Isso porque pelo terceiro ano consecutivo, o fim de ano dos amazonenses está sendo marcado pelo risco de um novo surto de Covid-19. Em meio a esta tensão, outro fator preocupa: as aglomerações vão ser inevitáveis, mas ainda se intensificam com a inauguração de decorações natalinas que atraem milhares de pessoas.
No dia 10 de novembro, o titular da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Anoar Samad, divulgou um vídeo afirmando que a rede pública estava se preparando para mais uma onda do coronavírus. (Ouça)
No Amazonas, foram mais de dois mil e 200 casos confirmados de covid entre os dias 15 e 29 de novembro.
O aumento deixou em alerta as autoridades sanitárias. No entanto, a volta de medidas como a obrigatoriedade do uso de máscara em ambientes fechados ainda não foi considerada.
O epidemiologista Jesem Orellana critica a postura do poder público ao longo da pandemia, por não conseguir controlar a alta de casos. (Ouça)
Frente a elevação de casos em todo o Brasil, a Fiocruz reforçou uma recomendação do Ministério da Saúde para o uso obrigatório da proteção facial nos ambientes com pouca ventilação.
A medida serviria para proteger pessoas com fatores de risco para complicações da covid-19, especialmente imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades.
Jesem Orellana destaca algumas medidas que podem ser adotadas para controlar um possível surto da doença no estado. (Ouça)
O infectologista Nelson Barbosa reforça a importância da vacinação como estratégia contra a crise sanitária. (Ouça)
Recentemente, os estados da Bahia e Piauí voltaram atrás em relação às máscaras, tornando obrigatório o uso do item em locais fechados.
A decisão foi baseada no aumento de casos de covid-19 durante o mês de novembro nos dois estados.
Na capital, mais de 627 mil pessoas estão com a terceira dose da vacina contra a covid atrasada. Em relação à quarta dose, são 460 mil pessoas atrasadas. Mais de 230 mil não tomaram nem a primeira dose, segundo o Sistema Municipal de Vacinação.