Além da demora para o início das aulas práticas de direção que levam um tempão para serem confirmadas pelos Centros de Formação de Condutores, agora os futuros motoristas ainda têm um custo a mais para o bolso. Com o forte calor do verão amazônico, em Manaus, para uma aula confortável o aluno precisa pagar entre 25 e 30 reais para o ar-condicionado do veículo ser ligado.
O relato é da técnica de enfermagem Heloísa Paes. Segundo ela, a filha deu início às aulas teóricas em abril deste ano e, nesta semana, quando foi para a parte prática, veio a surpresa: ela precisava pagar uma taxa extra para usar o ar-condicionado do carro.
A reportagem ligou para a escola denunciada e a atendente informou que todos os alunos são informados antes de fechar o contrato.
Heloísa Paes afirma que o valor não foi acordado, até porque a escola adotou a medida há duas semanas e o contrato foi assinado em abril.
A mesma situação foi vivenciada em outra escola de direção, pela estudante Maria Eduarda, de 18 anos. Ela conta que teve gente que não pôde pagar a taxa e chegou a passar mal com o calor.
De acordo com o diretor-presidente do Procon, Jalil Fraxe, não há nada na Lei que proíba as escolas de fazer a exigência do valor, no entanto, o consumidor precisa ser informado no momento em que assina o contrato, caso contrário, a cobrança é abusiva.
O Procon Amazonas alerta que o consumidor que se sentir lesado pode denunciar ao órgão qualquer situação de irregularidade no momento da cobrança.