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Banco de DNA no Amazonas auxilia familiares de desaparecidos

No Amazonas, cerca de 200 familiares de pessoas desaparecidas já se cadastraram no banco de DNA, criado para ajudar nas investigações sobre casos de pessoas desaparecidas e em ocorrências criminais. Responsável pela estrutura, o Instituto de Criminalística (IC) reforça que para acelerar o processo de busca do desaparecido é fundamental que as famílias compareçam ao Instituto para compor o banco de perfil genético.

No estado, o Instituto Médico Legal (IML) já realiza um trabalho de pessoas não identificadas. Mas com o banco de DNA, são feitos os confrontos das amostras que aumentam as chances de solucionar casos de desaparecidos. Lançado ano passado, a ferramenta foi proposta pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com o Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC).

Para utilizar o serviço público, o familiar precisa seguir alguns passos. De acordo com a gerente do laboratório de genética forense, perita Daniela Koshikene, os familiares precisam ter interesse de doar uma amostra.

“É importante que os familiares procurem o banco de DNA. Mesmo sendo aqueles casos que aconteceram anos atrás. Esse é um banco que está implantado desde 2012. Ele é interligado aos demais estados do país, através da Rede Integrada de Perfis Genéticos. Isso significa que, se nós procurarmos os familiares aqui no Amazonas, teremos o confronto com pessoas desaparecidas em outros estados”, explicou a perita.

Coleta

O laboratório recebe familiares, especialmente genitores de pessoas desaparecidas, para a coleta do material genético. A prioridade é que o material seja dos genitores ou de irmãos biológicos.

“Caso não haja parentes próximos, nós pedimos que as famílias nos procure, para que possamos ver, caso a caso, quais são os familiares, quais são as medidas necessárias. Se não houver relação biológica, nós vamos precisar de materiais que a própria pessoa tenha deixado em uso. Podendo ser uma lâmina de barbear, um pente ou uma escova de dentes”, disse.

Após coletado o sangue, a amostra é inserida no banco de perfil genético e ele será confrontado com dados genéticos de pessoas mortas não identificadas, restos mortais não identificados no Amazonas e em todos os estados da federação para verificar se existe compatibilidade.

A coleta é realizada através do laboratório de genética forense, localizado na avenida Noel Nutels, 300, bairro Cidade Nova, zona norte da capital. O atendimento no laboratório funciona das 8h às 17h.

Registro

Para acelerar a investigação de busca, a polícia orienta que o Boletim de Ocorrência (B.O) seja feito na delegacia mais próxima já no primeiro momento após a identificação do sumiço.

Em Manaus, casos envolvendo menores são investigados pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) e, preferencialmente, devem ser registrados na especializada.

Os familiares que já são cadastrados no Ministério Público do Amazonas (MPAM), pelo Núcleo de Localização de Pessoas Desaparecidas, podem obter o encaminhamento do MPAM e ir até o laboratório.