Após resposta do IPAAM, licenças ambientais do aterro Tarumã-açu seguem suspensas pelo TCE

Mesmo após esclarecimento do Instituto de Proteção Ambiental (IPAAM) licenças ambientais para aterro no Tarumã seguem suspensas pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE).

Em esclarecimentos apresentados ao TCE, o IPAAM diz que o aterro sanitário, que está sendo construído por um consórcio do Grupo Marquise, não está em Área de Proteção Ambiental (APP).

Segundo o TCE, as licenças seguem suspensas por decisão cautelar do conselheiro Mário Mello até a análise do mérito.

A partir de agora a Unidade Técnica Especializada (DICAMB) da Corte de Contas deverá se manifestar sobre os pontos apresentados pelo IPAAM.

As licenças ambientais de instalação e operação foram suspensas no dia 28 de agosto sob o argumento de estar construindo um aterro sanitário em Área de Preservação Ambiental (APP) o que vai contra entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) de que lixões ou aterros não são considerados de utilidade pública e por isso não se enquadram nas exceções para obras em APP.

Em parecer técnico emitido em novembro de 2020 o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, o Ipaam, o IPAAM já reconhecia o alto potencial de degradação da instalação do aterro sanitário em área de proteção ambiental no km 13 da BR-174, em Manaus. O documento tinha validade de dois anos. No mês de maio de 2023, o instituto concedeu nova licença para o empreendimento.

Procurado pela reportagem, o Ipaam afirmou que o aterro sanitário está “dentro dos parâmetros estabelecidos pelas leis ambientais” e disse que qualquer suposição de irregularidade na sua construção ou atividade é descartada pelo órgão.

Para a BandNews Difusora FM a empresa Marquise disse que o aterro sanitário do consórcio EcoManaus foi construído com as mais modernas tecnologias existentes no mundo e que está apto e preparado a atender a necessidade de destinação de resíduos sólidos públicos e privados de Manaus e do Amazonas, cumprindo todas as exigências legais e ambientais.