O mês de agosto, historicamente, tende a registrar um número expressivo de focos de queimadas no Amazonas.
Somente nesta primeira quinzena, o estado teve mais de mil e 200 focos de incêndio, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A quantidade de ocorrências já é quase total registrado entre janeiro e julho deste ano.
Nos dois últimos anos, agosto teve recorde no número de focos de incêndio. Em 2021, foram cerca de 8.500, o maior registro desde 1998 quando o Inpe passou a fazer o monitoramento. Em 2020, o órgão detectou 8.030, o segundo maior para a série histórica.
O ambientalista Carlos Durigan avalia que a expectativa é de que esse cenário piore nos próximos meses, intensificado pela expansão do desmatamento.
A climatologista Francis Lacerda explica que as consequências das queimadas ao meio ambiente são irreparáveis.
Segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, a terceira fase da operação Tamoiotatá está em andamento desde julho com o objetivo de combater as queimadas e o desmatamento na região.
O titular da pasta, Eduardo Taveira, afirma que mais de 230 mil brigadistas foram enviados para apoiar o Corpo de Bombeiros e as prefeituras nos municípios do sul do estado, além de equipamentos para o combate as queimadas.
No ano passado a operação Tamoiotatá embargou um total de 53 mil hectares de propriedades no sul do Amazonas. Em multas foram mais de 280 milhões de reais.