A cobertura vacinal da poliomielite no Amazonas está em 63,5%. O número está abaixo do exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 95%, para evitar a possibilidade da doença retornar ao estado.
Conforme dados do Programa Nacional de Imunização (PNI), 286 mil doses de vacina contra a pólio foram aplicadas no estado em 2021. Segundo Tatyana Amorim, diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), a notificação gera alerta para a imunização no estado.
Conhecida também como paralisia infantil, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave que afeta o sistema nervoso, podendo provocar paralisia permanente ou transitória das pernas, pés, coxas e quadril. Em 1994, o Brasil recebeu da a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do território.
Para o infectologista Nelson Barbosa, a desinformação sobre vacinas, acentuada no período da pandemia do coronavírus, contribuiu para a baixa adesão aos imunizantes, que já eram comuns.
O infectologista afirma que as crianças não-vacinadas, estão sob risco de contrair a paralisia infantil. Ele também lembra que a legislação obriga os responsáveis a levar o público infantil para vacinar.
Não existe tratamento para a paralisia infantil e a única forma de prevenção é a vacinação. As crianças menores de 5 anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual coordenada pelo Programa Nacional de Imunização, do Governo Federal.
De acordo com a FVS, as doses da vacina estão disponíveis em Unidades Básicas de Saúde em todo o estado.