Nesta quinta-feira (28) é comemorado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. A Síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, é caracterizada pelo excesso crônico de estresse ocupacional que leva ao cansaço emocional e físico, influenciando na redução da capacidade do indivíduo. Um estudo do PhD em Neurociências e Biólogo, Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que foi recentemente publicado na Recisatec – Revista Científica Saúde e Tecnologia, revelou que a correlação da alta produtividade e da Síndrome de Burnout é possível, porém, não necessariamente se apresentam como fenômenos decorrentes um do outro.
No estudo, o neurocientista explica que “a alta produtividade no trabalho é algo comum nos dias de hoje, as pessoas querem produzir mais, de maneira rápida, sabendo administrar melhor o seu tempo de modo que não se cansem muito e sejam práticos”.
A partir disso, o objetivo do estudo de Agrela foi compreender a diferença entre um indivíduo produtivo e aquele com a síndrome de Burnout, a partir da revisão de literatura, realizada por meio de bases de dados.
“Um indivíduo altamente produtivo é aquele que consegue desempenhar diferentes ações em diferentes áreas da vida (física, social, emocional e profissional) com equilíbrio, por isso apresenta alta produtividade, por manutenção de metas e foco em objetivos, principalmente para a sua saúde mental e física”, diz trecho do estudo.
Já o esgotamento ocorre quando o sistema nervoso central fica inflamado e acaba sendo mediado pelo sistema imunológico com taxas de alta ou baixa quantidade de cortisol e, ao mesmo tempo liberando substâncias que levam a sensação de prazer como a dopamina e a serotonina, que são neurotransmissores, desregulando-os.
O professor também concluiu que “a evolução tecnológica do ser humano não foi uma evolução cerebral tornando-se uma sobrecarga ao cérebro, transformando essa sobrecarga em uma síndrome, por exemplo, a de Burnout”.
Da Assessoria