Assédio sexual: 25 alunas denunciam professor de escola da zona norte de Manaus

Assédio sexual: 25 alunas denunciam professor de escola da zona norte de Manaus
Reportagem: João Felipe Serrão

Um ambiente que era para ser dedicado à educação e aprendizado acabou se tornando um espaço de trauma para mais de 25 adolescentes da escola estadual Hilda de Azevedo Tribuzy, na zona norte de Manaus. Alunas denunciam um professor da unidade de ensino, que teria praticado assédio sexual contra elas. 

(Foto: Reprodução/Internet)

As declarações vieram à tona após uma publicação nas redes socias do coletivo Juventude Manifesta Amazonas. Primeiramente, a página publicou o relato de duas vítimas, e, logo em seguida, uma série de outras alunas contaram histórias sobre assédio por parte do mesmo professor.

Casos de assédio são um problema recorrentes nas unidades de ensino do Amazonas. Tanto em esfera estadual, quanto municipal.

A recente publicação com os relatos de alunas assediadas sexualmente levantou debates sobre a conduta da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc) nesses casos. Normalmente os professores acusados de assédio são afastados temporariamente ou realocados para outra escola.

A psicóloga Iolete Ribeiro, lembra que a prática de culpar a vítima que sofre uma violência é comum, o que torna o processo mais doloroso. 

Ainda de acordo com Iolete, os casos denunciados na escola estadual Hilda de Azevedo Tribuzy demonstram a importância das escolas de todos os níveis de ensino realizarem atividades de educação sexual. 

O crime de assédio sexual é caracterizado pelo constrangimento causado a uma vítima por um assediador que busca obter vantagem ou favorecimento sexual, se utilizando de uma posição hierárquica superior. Esse crime não depende apenas de contato físico e pode ser cometido por meio de mensagens, comentários ou mesmo gestos.

A equipe da BandNews Difusora entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para saber se a pasta investiga o fato, já que as estudantes afirmam ter denunciado formalmente o professor. Até o fechamento dessa reportagem não recebemos resposta. A Polícia Civil afirma que não recebeu denúncia formal sobre o caso.