Reportagem: João Felipe Serrão
Um dos grandes pesadelos da vida adulta é estar com o nome sujo na Serasa. Acontece que esse pesadelo está atrapalhando o sono de mais de 1 milhão e 40 mil manauaras, o que representa quase metade da população da capital, que é de mais de duas milhões e duzentas mil pessoas, segundo o IBGE.
Uma delas é a universitária Karoline Silva, que após retornar de uma viagem para estudar fora do país, teve dificuldades de quitar as dívidas.
Segundo o balanço da Serasa, o total das dívidas da população de Manaus somam mais de 4 bilhões e 250 milhões de reais.
O valor médio das pendências é de uma pouco mais de quatro mil reais por inadimplente. A pandemia da Covid-19 também bagunçou as finanças do estudante Neto Rabelo, que para ajudar a família, acabou se endividando.
A principal efeito de ficar com o nome sujo é aumentar a dificuldade em ter o crédito aprovado.
Isso inclui aquele crediário na loja, e o cartão de crédito que você pediu e é sempre negado. Mas também prejudica a aprovação de financiamentos e empréstimos.
A crise sanitária do coronavírus acentou a crise econômica que já estava em curso no país. Na avaliação da economista Denise Kasama, isso dificultou a população limpar o nome na Serasa.
Ignorar a dívida? Nem pensar. Por mais díficil que seja, o ideal é se deparar com os números e dar pelo menos o primeiro passo para ver o score na Serasa subindo.
Denise dá algumas dicas para quem pretende deixar as finanças no azul em 2022.
No Norte, 42% da população adulta está inadimplente e a soma de todos os débitos atinge a cifra de quase 18 bilhões de reais. Pará é o Estado com o maior valor médio de dívida da região, seguido pelo Amazonas.
As contas básicas como água, luz e gás são o segmento com maior índice de endividamento.