Com o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras nas principais cidades do país, o prefeito de Manaus David Almeida (Avante), anunciou que a capital deve seguir a tendência e flexibilizar o uso da máscara de proteção. A medida deve vigorar a partir do dia 16 de março, quatorze dias após as festividades do carnaval.
A medida também leva em consideração o avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19 na capital amazonense. No entanto, especialistas avaliam que é preciso cautela e prudência antes de liberar a medida na capital do Amazonas.
Para o epidemiologista da Fiocruz, Jesem Orellana, a medida de flexibilizar o uso da proteção no atual quadro epidemiológico da doença pode favorecer uma cenário de proliferação de novas variantes ou contágios a médio prazo.
O infectologista Nelson Barbosa, diz porém que a medida deveria considerar dados e parâmetros como a cobertura vacinal em todo o estado. O especialista também considera que a medida de retirar a obrigatoriedade deveria ser progressiva.
Dados do vacinômetro da Prefeitura de Manaus mostram que mais 80% da população estimada da capital tomou ao menos um dose do imunizante. A partir da terceira dose, o porcentual cai para 25%.
De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) apenas 59,7% dos amazonenses possuem o esquema vacinal completo com três doses de vacinas. Números ainda distantes, considerando o ideal pela Organização Mundial da Saúde, que é de 85% a 90%.