Após pouco mais de um mês fechada para manutenção, a Casa das Artes, localizada no Largo de São Sebastião, Centro, reabre para visitação do público na próxima sexta-feira (8), com novas exposições sobre os Corpos Artísticos, videopoesias sobre Manaus, desenhos e grafite. O espaço também ganhará um mural em homenagem ao cantor Zezinho Corrêa, que morreu vítima de Covid-19 no início deste ano.
O secretário Marcos Apolo Muniz afirma que o espaço é relevante para a comunidade artística, por reunir novos nomes do cenário das artes plásticas, assim como nomes já consagrados para o público.
“É uma reabertura especial que vai contar com quatro mostras inéditas. Temos desde uma do fotógrafo Michael Dantas, sobre as apresentações dos Corpos Artísticos do Estado em apresentações no Teatro Amazonas, até o grafiteiro ‘Tial’ apresentando um personagem que está nos muros de Manaus, mantendo, como sempre, linguagens diversas para o público visitar no espaço”, adianta Marcos Apolo.
Realizado pelo produtor e artista visual Cria, a lateral da Casa das Artes, na Rua Barroso, agora ganhará um mural representando o artista Zezinho Correa. O mural já está em fase de finalização.
“Um dos nossos artistas mais queridos, que nos deixou tão cedo, será homenageado com um mural à altura do legado que ele construiu no Amazonas, tornando o espaço mais um ponto de memória para esse grande artista”, declara o titular da pasta de Cultura e Economia Criativa.
A Casa das Artes abre para visitação de terça a domingo, das 15h às 20h, com entrada gratuita. Não é necessário agendamento prévio para ir ao local, mas as visitas têm limite de até 20 pessoas.
Para entrar, o público deverá apresentar a carteira de vacinação com duas doses, ou dentro do intervalo para a aplicação da segunda dose contra a Covid-19.
Curadoria
O curador da Casa das Artes, Cristóvão Coutinho, explica que o público verá obras que remetem à memória e às expressões da cidade e das ruas. “Temos uma referência aos Corpos Artísticos, que são trabalhadores da cultura dentro do Teatro Amazonas, fazendo referência aos 125 anos do patrimônio. E aí temos exposições do Rafael César e Tial, que mostram a cidade em poesias e com um personagem chamado ‘Cabeça-Maloca’, e temos as fotografias de Tácio Melo, que são memórias-fantasia de como as Amazonas viviam. O público terá temáticas diferenciadas para prestigiar”.
“Versos 125 anos”
Na sala 1, a exposição “Versos 125 Anos – Corpos Artísticos no Teatro Amazonas”, reúne mais de 20 fotografias de Michael Dantas, fotógrafo oficial da pasta de Cultura e Economia Criativa, sobre os sete grupos do Estado e suas apresentações no patrimônio histórico. A mostra ainda conta com textos que explicam a criação de cada grupo.
“Videopoesias”
Na sala 2 está a mostra “videopoesias nas ruas”, uma produção de Rafael César com Ana Paula Lustosa, Cris Silva, Isabella Lillo, Felipe Fernandes e Cesar Nogueira, que apresenta vídeos inspirados nas poesias de Rafael. O local também apresentará os livros de Rafael César. O projeto foi contemplado no Prêmio Feliciano Lana, como ação da Lei Aldir Blanc no Estado.
“Preto”
Na sala 3, o grafiteiro “Tial” expõe 23 desenhos e grafite sobre o personagem “Cabeça Maloca”, um ser que habita os muros e paredes de Manaus.
“As Amazonas”
De autoria do fotógrafo Tácio Melo, “As Amazonas – A Lenda Fotografada” ocupa a sala 4. São 12 fotografias produzidas com referências do viajante frei Gaspar de Carvajal e, também, do artista plástico Roland Stevenson. O projeto também foi contemplado no Prêmio Feliciano Lana.