O Ministério Público do Amazonas ingressa com uma ação civil pública contra uma terapeuta ocupacional acusada de agredir crianças com Transtorno do Espectro Autista em uma clínica particular de Manaus.
A denúncia surgiu após a divulgação de imagens que mostravam a profissional cometendo agressões físicas durante as sessões.
As investigações do MP apontaram que, além da violência, havia negligência nos atendimentos, com omissão de cuidados e até consumo dos lanches das próprias crianças.
De acordo com o promotor Vitor Moreira da Fonsêca, responsável pelo caso, as agressões afetaram ao menos nove crianças e deixaram sequelas emocionais relatadas pelos pais, como crises de choro e regressões terapêuticas.
A terapeuta foi condenada administrativamente pelo Crefito, que concluiu a gravidade das infrações e rejeitou as justificativas apresentadas, por não possuírem base científica.
Na Justiça, o MPAM pede que a profissional seja condenada ao pagamento de R$ 90 mil por danos morais coletivos, valor a ser revertido ao Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência. A ação também solicita prioridade na tramitação do processo, com base no Estatuto da Pessoa com Deficiência.