Por Ricardo Chaves
A Polícia Civil do Amazonas investiga as circunstâncias da morte da empresária Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do boi Garatido e a participação dela e da família em uma seita.
A investigação aponta que a família de Djidja criou uma seita a partir do uso de quetamina, farmaco utilizado para anestesiar cavalos e animais de grande porte. A droga é considerada ilícita desde a década de 1980.
Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 31, o titular do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), Cícero Túlio, afirmou que a Polícia Civil já investigava o grupo há 40 dias. Ele explicou que o grupo induzia funcionários do salão de beleza o qual a família era proprietária para utilizar a quetamina. Essa era a forma de recrutar mais pessoas para a seita:
De acordo com o delegado está em investigação ainda a prática de estupro de vulnerável e carcere privado por um dos membros da seita, o irmão de Djidja Cardoso. Desde a quinta-feira a Polícia Civil realiza diligências para investigar a rede de atuação do grupo. A PC também investiga a participação de uma clínica veterinária que fornecia os produtos de forma ilegal:
A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em uma clínica localizada no bairro Redenção, Zona Centro-Oeste de Manaus. O local é suspeito de fornecer os produtos ilegais:
A mãe da ex-sinhazinha do Garantido, Djidja Cardoso, a empresária Cleusimar Cardoso Rodrigues e o filho Ademar Farias Cardoso Neto – irmão de Djidja -, foram presos ONTEM, ao tentarem fugir com uma funcionária.
Após pedido de prisão expedido na última quarta-feira, 29, pela Justiça do Amazonas, a Polícia Civil foi até a casa da família, no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus, e flagrou o momento da tentativa de fuga do trio.
A funcionária foi identificada como Verônica da Costa Seixas – que também estava com a prisão preventiva decretada.
A ação foi coordenada pelo delegado Cícero Túlio, do 1º Distrito Integrado de Polícia. No carro de fuga, a polícia encontrou roupas, itens de higiene e três ampolas de Cetamina (Ketamina).
Outras duas pessoas também tiveram a prisão decretada, Marlisson Vasconcelos Dantas e Claudiele Santos da Silva, que trabalhavam como maquiadores no salão Belle Femme, qual Djidja era sócia.
A ex-sinhazinha do Garantido, Djidja Cardoso, tinha 32 anos, e foi encontrada morta na manhã da última terça-feira (28), no quarto onde dormia.
De acordo com a Polícia Militar, o companheiro dela, identificado como Bruno Roberto da Silva, acionou a PM informando que Djidja havia passado mal “devido a possível consumo de entorpecentes”.
O Samu 192 atestou a morte da jovem ainda na casa onde morava.