Os cinco policiais civis do Amazonas envolvidos no Caso Wallace são condenados a prisão e devem deixar o cargo imediatamente. Outras cinco pessoas também foram condenadas.
A decisão é da juíza Rosália Guimarães Sarmento, da 2ª Vara de Entorpecentes de Manaus, dada no último dia 21 de setembro, e determina o afastamento imediato dos cinco policiais devido ao risco de continuarem na ativa, mesmo cabendo recurso no processo. A decisão foi encaminhada ao secretário estadual de Segurança, Coronel Marcus Vinícius e ao Delegado Geral da Polícia Civil, para cumprimento da sentença.
Segundo a decisão, que tem 191 páginas, o grupo de policiais recebia propina para dar apoio às atividades da organização criminosa.
Os policiais condenados são:
- André Serguey Aguiar da Cunha: condenado por associação para o tráfico e concussão (11 anos 2 meses de prisão);
- Carlos Benjamin Silva da Conceição: condenado por extorsão mediante sequestro (14 anos de prisão);
- Carlos Gonzaga Oliveira Lima: condenado por associação para o tráfico e concussão (11 anos e 2 meses de prisão);
- Haryton Batista de Carlos: condenado por concussão (8 anos e dois meses de prisão);
- Manuel Silva de Alencar: condenado por corrupção passiva (7 anos de prisão);
Também foi condenado no processo o advogado Anízio Antônio Paes.
O processo cita ainda dois réus já falecidos: Patrícia Oliveira da Silva e Charles Oliveira da Siva.
As investigações começaram a partir da delação do ex-policial militar Moacir Jorge Pessoa da Costa, mais conhecido como Môa, que integrava uma organização criminosa chefiada pelo apresentador de TV Wallace Souza e pelo filho dele Raphael Wallace Souza.
Môa foi morto em janeiro de 2017 durante uma das mais violentas rebeliões do sistema penitenciário do Amazonas.