Uma operação da Polícia Federal investiga o envolvimento de militares de alta patente que recebiam dinheiro de uma empresa de importação e exportação de ouro ilegal, no interior do Amazonas, repassavam informações privilegiadas e interferiam nas operações de combate aos garimpos ilegais.
Intitulada de Jurupari, a ação foi deflagrada nesta terça-feira nas cidades de Manaus, Porto Velho, em Rondônia, e Ponta Grossa, no Paraná.
A operação tem o objetivo de combater crimes de usurpação de bem público da União, crime ambiental de extração ouro, utilização de mercúrio/cianeto, organização criminosa e lavagem de capitais.
São cumpridos três mandados de prisão preventiva e oito ordens judiciais de busca e apreensão expedidas pela 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária.
Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas, tal como o sequestro de bens móveis e imóveis.
As investigações tiveram início em outubro de 2020, a partir da prisão em flagrante de duas pessoas na cidade de Ji-Paraná/RO, enquanto tentavam transportar sessenta gramas de ouro avaliado em 18 mil e 600 reais.
A partir da apreensão celulares das pessoas presas, foram constatados indícios de extensa rede de exploração ilegal de garimpo na região de Japurá/AM.
Após a instauração de inquérito policial para apurar os fatos, se confirmou quem seria responsável pela exploração ilegal de garimpo.
Um homem que utiliza sua esposa e uma empresa para facilitar transações ilegais de ouro. Eles também utilizam várias empresas de metais, para realizar a atividade de “esquentamento” do minério (lavagem de ativos).
Os envolvidos exploram a dificuldade de fiscalização ambiental na região de Japurá/AM para cometer crimes contra o meio ambiente. Isso inclui a Estação Ecológica Juami-Japurá, que tem sido alvo de devastação, afetando o ecossistema amazônico.
Da redação.