O Amazonas recebeu, nesta terça-feira (14), 689 doses da vacina contra Mpox. A vacina será aplicada em grupos de risco para as formas graves da doença, como pessoas que vivem com HIV/Aids e profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus, conforme orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde.
O imunizante foi enviado via Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. A remessa de vacina foi conferida, pela equipe do PNI estadual e armazenada no Centro de Imunobiológicos do Amazonas, integrante da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM).
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destacou a importância de se imunizar e ficar atento aos sintomas. “A vacinação, apesar de ter um público restrito, protege não só você, mas também os seus contatos. Se você tiver alguma característica da Mpox, que são aquelas lesões, procurar as unidades de referência, para que possa receber o atendimento”, disse.
Campanha de vacinação
Em Manaus, a campanha de vacinação contra Mpox será realizada no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), localizado nas dependências da Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), em data ainda a ser divulgada. A vacinação será realizada por meio de agendamento na sede do Crie, mediante encaminhamento médico que comprove a pessoa como contemplada do público da campanha.
O esquema de vacinação contra Mpox tem indicação de duas doses por pessoa, segundo a gerente de Imunização do Amazonas, Angela Desirée. “São pessoas com imunidade baixa e, boa parte delas, já tem algum atendimento no Crie. Quem já foi diagnosticado com Mpox ou apresentar lesão suspeita no momento da vacinação não deverá receber a dose”, afirma a gerente.
Público da vacinação contra Mpox
A população-alvo para a vacinação segue as seguintes recomendações:
Vacinação pré-exposição
– Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), com 18 anos ou mais, com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses (condição que deixa o sistema imune menos capaz de combater determinadas infecções).
– Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus (a família do vírus da Mpox) em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.
Vacinação pós-exposição
Pessoas, com idade entre 18 e 49 anos, que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme orientações do Ministério da Saúde.