(Foto Chico Batata/Greenpeace)
Após constatação e início de ações para combater a crise sanitária e nutricional no Território Indígena Yanomami, em Roraima, o Governo Federal deve ter como principal medida a retirada dos mais de 20 mil garimpeiros que atuam na região.
A afirmação é do Secretário Especial de Saúde Indígena, Ricardo Tapeba, que chegou a Roraima nessa segunda-feira (23). (Ouça)
Ainda na última segunda-feira, mais 12 profissionais da Força Nacional do SUS chegaram ao estado, onde prestarão serviços na Casa de Saúde Indígena (Casai) e no hospital de campanha que está sendo preparado pelo Exército Brasileiro.
O secretário especial Ricardo Tapeba declarou que a situação no território Yanomami é de guerra. Segundo ele, muitas crianças tem adoecido por conta da água poluída dos rios. (Ouça)
O Ministério Público Federal apontou “omissão do estado” como razão da crise humanitária enfrentada pelos Yanomami. A deputada federal e futura presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana, também se manifestou pela urgência da retirada de garimpeiros do Território Yanomami e classificou a situação como “catástrofe humanitária”. (Ouça)
Na última sexta-feira (20), o Ministério da Saúde decretou emergência de saúde pública, depois que uma equipe enviada pela pasta encontrou crianças e idosos em estado grave de saúde, com desnutrição, além de muitos casos de malária, infecção respiratória aguda, entre outros.
No momento, o foco das equipes que atuam em Roraima é a readequação alimentar do povo Yanomami e dar mais estrutura para atender os indígenas nas proximidades do território, sem precisar se deslocar para a capital Boa Vista.