Justiça federal mantem prisão preventiva dos envolvidos nas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorrida em junho deste ano na Terra Indígena Vale do Javari, no interior do Amazonas.
A decisão é do Juiz Federal de Tabatinga, Fabiano Verli, e nega a liberdade provisória de Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado; Amarílio de Freitas de Oliveira, filho de Amarildo; Laurimar Lopes Alves; e Jânio Freitas de Souza.
No texto da decisão, o juiz afirma que não vê ilegalidade na prisão dos envolvidos, nem mudanças relevantes no caso que justifiquem uma liberdade provisória. Cita que o fato de os presos não possuírem vínculos profissionais fortes, pois atuam na pesca ilegal, também pesou na decisão.
O juiz afirma ainda que “o crime é muito sério e se insere num panorama triste de desordem e vale-tudo no Vale do Javari”.
A decisão foi proferida no último dia 22 de novembro mas só ficou disponível nesta quinta-feira (24).
O indigenista e o jornalista foram assassinados a tiros e tiveram os corpos queimados e enterrados durante uma viagem para coletar informações para um livro que seria escrito por Dom Phillips sobre a luta dos povos indígenas pela proteção da Amazônia.
Da redação